*Esse conteúdo foi baseado em uma pregação do Pastor João Eduardo Lima que pode ser ouvida no Spotify, e na nossa página de Podcasts.
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Temos vivido um dos momentos mais conturbados das últimas décadas.
A presente situação colocou todo o mundo em um cenário que jamais imaginaríamos. E em meio de tantas incertezas, tragédias, tantas vidas desesperadas e uma perspectiva de uma longa crise quando tudo terminar, nós como igreja precisamos nos perguntar:
O que Deus quer falar conosco nesse momento de CRISE e de afastamento das reuniões físicas?
Como está a sua casa? Como está o seu coração? Quais são as suas prioridades? Quem tem sido a sua maior alegria, fonte de conforto e socorro?
No texto de hoje queremos convidar você a fazer uma reflexão sobre a sua vida e a sua postura como cristão. Para isso vamos analisar alguns momentos importantes descritos nas escrituras:
- O exílio babilônico
- A igreja
- A volta de Jesus Cristo
O que todas essas coisas tem a ver com o que temos vivido?
O Exílio Babilônico e a saudade de casa
Para começar e reflexão, vamos analisar um salmo escrito durante o exílio Babilônico:
Salmos 137: 1 Junto aos rios da Babilônia, sentamos e choramos, ao nos lembrarmos de Sião.
O povo de Judá havia sido levado cativo pelo babilônios e agora eram obrigados a viver em uma terra estrangeira e com valores totalmente opostos aos de Israel (ou ao que Israel deveria ter).
O povo sentia saudade de casa.
A Babilônia é como a prostituta de apocalipse 17:4 “A mulher estava vestida de azul e vermelho, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Segurava um cálice de ouro, cheio de coisas repugnantes e da impureza da sua prostituição.”
Assim é nossa relação com o mundo em que vivemos hoje, Satanás quer nos atrair, nos enganar e nos destruir. Mas em Cristo somos mais do que vencedores.
E no versículo 4 o salmista diz: Como, porém, haveríamos de entoar o canto do Senhor em terra estranha?
O povo sentia falta da sua casa, mas esquecia que o Deus deles não os ouvia e nem era adorado apenas em Israel.
Assim como a nossa quarentena atual, o exílio babilônico foi imposto ao povo de Deus. Em nosso afastamento físico, Deus quer que possamos rever nossos amores, nossos princípios e as coisas ou pessoas que temos dependido para viver a nossa fé.
Como disse nosso amado pastor João (na pregação em que baseei este conteúdo), “devemos tomar as rédeas da nossa FÉ!”.
Não em montes, nem templos, mas “em espírito e em verdade”
Temos dependido do templo de tijolos para sermos Igreja? Temos dependido do nosso pastor ou qualquer outro irmão para viver e expressar nossa espiritualidade?
Ou a nossa fonte de água e comida tem sido a vida de Jesus, a Palavra de Deus e a comunhão com os santos (mesmo que virtualmente)?
Deus têm um grande propósito para as nossas casas e famílias. O primeiro sacerdócio é dentro de casa com seus filhos, pais, irmãos, esposas e maridos.
Temos buscado a Ele diariamente com os nossos corações contritos, quebrados e focados no alvo?
A igreja não é e nem deve ser composta apenas de pessoas que como dizemos atualmente, vivem “integralmente” para o ministério.
A Igreja é um corpo com muitos membros, os quais devem funcionar com a vida que vem do único cabeça, que é Cristo.
Devemos nos questionar, o assunto principal das nossas casas têm sido as ansiedades e novidades geradas pelo novo Coronavírus ou a Palavra do nosso Pai que está nos céus?
Temos nos preocupado mais com as coisas terrenas que são efêmeras e sem valor ou com as obras de ouro puro e depurado que são realmente eternas? Ou temos pendurado as nossas harpas e cessado de adorar como escrito no Salmo 137 verso 2?
Aproveite seu tempo a sós com o Criador do Universo, e leia, coma, medite, rumine a Palavra de Deus e viva em oração junto ao nosso Senhor.
Façam cultos em família e lembrem-se daquEle que nos salvou (Cristo Jesus), de onde Ele nos salvou (lamaçal do pecado), e para que ele nos salvou (Glorificar, Exaltar e Adorar o Seu Nome).
Viva adorando em espírito e em verdade!
Graças a Deus, o sangue nos purifica dos pecados (passados, presentes e futuros) e olhar para a cruz trata nosso pecado que é a doença intrínseca ao nosso corpo mortal.
Basta ter FÉ! A obra já foi consumada no calvário.
Que era, que é e que há de vir!
Além do ensino, as tribulações atuais vêm nos mostrar os sinais do fim dos tempos.
Jesus nos propõe uma parábola, registrada no livro de Mateus, mais especificamente no capítulo 25, que deve nos fazer refletir a respeito do que vivemos hoje.
Haviam 10 virgens e metade delas foi imprudente em não guardar o azeite extra. A outra metade foi sábia e prudente como a pomba e se encheu do espírito e permaneceu na videira verdadeira, que é Cristo.
Essas últimas cinco, quando o Noivo bateu na porta à meia noite foram ao seu encontro e entraram para o banquete de casamento.
As cinco imprudentes ficaram para trás e Jesus disse a elas: “A verdade é que não as conheço. Portanto, vigiem, pois não sabem o tempo e nem a hora da volta.”
Irmãos, os dias são maus e Deus nos tem colocado no deserto para falar carinhosamente aos nossos corações (Oséias 2:14).
Jesus pede que retornemos ao primeiro amor, que não estejamos cheios de nós mesmos e achando-nos ricos e abastados enquanto Ele bate à porta do lado de fora. Orem e vigiem.
Se encham da palavra de Deus. Busque conhecê-lo e obedecê-lo de todo o seu coração!
Não deixem que a escola, amigos, faculdade, trabalho, nem mesmo as ansiedades trazidas com o COVID-19 tirem o foco do que é primordial para nós.
As primícias devem ser dadas ao nosso Senhor Jesus, que sejamos Seu mordomo de forma completa e irrestrita até a sua volta.
MARANATA, ora vem, Senhor Jesus!
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